Caminhamos para uma integração total entre objetos físicos e meios digitais, com controle acionado por voz que acende a luz, coloca música ou faz a lista de compras e envia para o supermercado.

Esses avanços, alguns dos quais já presenciamos, são chamados de IoT, abreviação de Internet of Things, em inglês.

Esse conceito tecnológico abrange todos os objetos do universo real que se conectam à internet e suas atribuições. Mas, o que isso tem a ver com a medicina? Listamos nove avanços da IoT integrados aos cuidados com a saúde.

  1. Sistema Integrado Online

Apesar de existirem centrais de marcação de consultas e exames, listas de pacientes aguardando órgãos para transplantes e acionamento do plantão em casos de desastres ou tragédias, a migração de dados para um data center que englobe detalhes de consultas, disponibilidade de leitos e monitoramento de pacientes em viagens é uma tecnologia em desenvolvimento.

O modelo, semelhante ao SWIFT (Sociedade para Telecomunicações Financeiras Interbancárias Mundiais), seria um sistema não governamental, gerido por conselhos dos países membros e com dados dos pacientes protegidos por criptografia avançada.

Respostas mais rápidas a pandemias, compra e venda de insumos, cruzamento de informações e resultados de pesquisas, tudo online, 24 horas por dia.

  1. Leitos Inteligentes

Com a ajuda de sensores e câmeras, esses leitos são capazes de medir alterações nos sinais vitais do paciente, e os dados são compartilhados remotamente para profissionais de saúde dentro e fora dos hospitais ou clínicas.

Além da redução de custos, os leitos inteligentes servem como um auxiliar no controle do fluxo de oxigênio, medindo os batimentos cardíacos, a frequência respiratória, além da temperatura e da pressão do paciente.

  1. Lentes

Depois da tentativa do Google de popularizar os óculos conectados à internet, uma farmacêutica está desenvolvendo uma lente de contato que mede o nível de açúcar no sangue, analisa fluidos das lágrimas e se adapta à luminosidade de acordo com o problema apresentado pelo paciente.

Os dados podem ser repassados para o endocrinologista, em caso de alterações no nível de açúcar no sangue, ou para o oftalmologista, em caso de riscos à saúde ocular.

  1. Armazenamento de Vacinas

A pandemia de Covid-19 nos ensinou a importância do monitoramento das condições de armazenamento das vacinas.

Através do uso de sensores e refrigeradores inteligentes, estoques em todo o mundo evitaram o acondicionamento, tanto do IFA quanto das doses, a condições climáticas inadequadas. Assim, comunidades em áreas remotas puderam receber as vacinas da Covid-19, e outras do calendário de vacinação, em condições normais para o uso.

  1. Logística de Equipamentos e Medicamentos

O controle de estoque, monitorado através de softwares e integrado ao e-commerce de fornecedores, tem ajudado na manutenção e controle de custos dos estoques em hospitais, clínicas e consultórios. O transporte é feito por veículos monitorados online e com tecnologia para manter tanto a integridade quanto a qualidade dos itens comprados.

As informações de envio são atualizadas em tempo real, e todos os dados são armazenados na nuvem, podendo ser consultados em qualquer lugar, 24 horas por dia, sem a necessidade de um arquivo físico das notas de compras.

  1. Cirurgia Remota

Apesar de não ser uma grande novidade, as cirurgias remotas agora contam com maior precisão de planejamento e execução.

Com a internet 5G se tornando popular, a estabilidade, baixa interferência externa e velocidade de download e upload possibilitam a realização de cirurgias remotas com distâncias jamais pensadas.

Toda ação é codificada, transmitida e decodificada, replicando as sensações táteis do profissional durante a cirurgia.

  1. Ações Preventivas

Com o histórico médico do paciente compartilhado através da nuvem, e a possibilidade de monitoramento contínuo dos sinais vitais, ações preventivas têm se tornado cada vez mais precisas, fazendo a diferença na recuperação dos pacientes.

Cruzamento de dados sobre indivíduos com doenças virais, desde gripes a DSTs, informações sobre qualidade do ar ou água ou incidência de casos coletivos de infecções tornam a capacidade de reação por profissionais e órgãos mais rápida e completa.

  1. Depressão

Apesar de todos os avanços recentes da medicina, a depressão ainda é uma doença com diagnóstico passivo, e, não raramente, o paciente fica sem tratamento pois não busca ajuda profissional.

Equipamentos wearables com aplicativos ou sistemas que medem sinais vitais podem ajudar não só no monitoramento como também no diagnóstico e envio de informações sobre sintomas e comportamentos depressivos leves e moderados, em tempo real, para os profissionais de saúde.

  1. Higienização Adequada

A IoT também tem atuado na higiene em ambientes como clínicas e hospitais.

Com cruzamento de dados e sensores que indicam a pureza do ar, é possível manter níveis de poluição por partículas, vírus e bactérias sob controle, evitando casos de infecção hospitalar.

Além disso, é possível estimular o consumo inteligente e a redução de insumos, como papel higiênico, papel toalha e produtos de higienização, ajudando na proteção do meio ambiente e reduzindo custos operacionais.

A Internet das Coisas está mudando a forma como vemos e praticamos a medicina. Por isso, atualize constantemente seus conhecimentos sobre tecnologias aplicadas à sua especialidade médica.

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